terça-feira, 3 de junho de 2008

Dom Alberto Taveira se dirige ao Projeto Amazônia


O diretor espiritual da RCC Brasil e arcebispo de Palmas, Dom Alberto Taveira concedeu uma entrevista no qual ele aborda diversos temas como o I REFORMI (Retiro de Formação de Missionários) e a vida missionária na RCC.


Jornalismo Projeto Amazônia – Dom Alberto, por favor comente a importância de existir este primeiro REFORMI, retiro onde oito pré-canditados para serem missionários na Amazônia se preparam para a missão.


Dom Alberto – Nós estamos num tempo onde que a Igreja está chamando a toda América Latina e no Caribe a responsabilidade de ser discípulos e missionários. Antes mesmo da quinta conferência impulsionadas pelo Projeto Amazônia da CNBB, mas também como conseqüência do crescimento da Renovação Carismática Católica, aconteceu na inspiração de ir em missão e chamar missionários quando eu fiz no congresso nacional aquele chamado vocacional. Eu tenho visto no correr dos meses, quantas vocações diferentes, quanto apelo, quanto Deus tem realizando no coração das pessoas. A importância para mim é que esses pré-candidatos são uma das expressões da resposta em que Nosso Senhor está suscitando em tantas realidades pelo Brasil afora esse apelo nascido na Renovação Carismática Católica, a importância é essa que na Renovação se leva a sério quanto se faz uma proposta é para levar para frente, para mim isso é muito sério e traz uma significação grande para todos nós.


JPA – No mês de maio o senhor estará enviando os missionários e Dom Azcona (Bispo da Prelazia de Marajó/PA) vai estar acolhendo, e aí como fica o coração de pastor?


Dom Alberto – Fica muito feliz, pois eu vejo que a Renovação cada vez mais se manifestando como um movimento eclesial que responde aos apelos que está sendo feito pelos bispos e pelas urgências missionárias, e eu farei isso com grande alegria no coração. Faço questão de estar ali presente e desejo essa resposta dada possa ser oferecida de presente primeiro aos destinatários da missão, e também por toda Igreja na Amazônia. Eu sou bispo de uma arquidiocese que faz parte da Amazônia então é com muita alegria eu vejo essa resposta acontecendo.


JPA – E como está se preparando para o ENUCC ( Encontro Nacional dos Universitários Católicos Carismático) que vai acontecer em Palmas?


Dom Alberto – O fato do ENUCC acontecer em Palmas ao meu ver pode ser entendido dentro desse quadro . Nós vivemos numa região missionária, nós somos Amazônia, e o fato do evento acontecer lá é um acontecimento primeiro para nossos universitários e profissionais que estão envolvidos nesse trabalho depois é o reconhecimento da importância de nossa região, muitas vezes nas cabeças de algumas pessoas ficam colocados de lado, não é assim que a Igreja leva a sério. E para nossa arquidiocese de Palmas é uma honra imensa acolher esses universitários do Brasil inteiro e dizer-lhes: a casa é de vocês. Sejam bem vindos, venha viver conosco essa experiência do ENUCC.


JPA – Como é o relacionamento do senhor com outros bispos ligados diretamente ao Projeto Amazônia, como Dom Azcona e Dom Jayme Henrique Chemello presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia?


Dom Alberto - Dom Jayme é o Presidente da comissão Episcopal para a Amazônia é um bispo com grande zelo missionário, ele realmente vestiu a camisa ele tem ajudado muito o episcopado brasileiro e tantas outras instâncias para essa sensibilidade missionária eu agradeço a ele pois despertou no Brasil inteiro esse desejo missionário na Amazônia.


Dom Azcona é um amigo de tantos anos, bispo que vive dentro dessa espiritualidade da Renovação Carismática Católica mas aberto a todas as outras realidades de Igreja, bispo que anda pelo Brasil inteiro e toda pregação dele ajuda a ter essa sensibilidade missionária crescendo no coração das pessoas portanto eu fico muito feliz são dois irmãos no episcopado aos quais eu quero muito bem e desejo que o serviço que eles prestam sejam reconhecido e valorizado.


JPA – Na Santa Missa presidida pelo senhor, falastes sobre o ano Paulino, é dele a frase “Ai de mim se não evangelizar” como que os grupos de oração podem ajudar na evangelização na Amazônia?


Dom Alberto – Primeiro sendo aquilo que eles são, acho que cada estado de vida, cada realidade de Igreja deve ser o que é, a Renovação Carismática vai ajudar na medida que ela for o que ela é. Os grupos de oração devem ser fiéis e crescerem, então esse é o primeiro momento.

É claro, viver num grupo de oração levam as pessoas a se colocarem a disposição da Igreja portanto ir ao encontro do bispo e das estruturas pastorais de cada diocese para se colocar a disposição, penso que os grupos de oração na Amazônia podem ajudar dessa forma.


JPA – Qual a mensagem que o Senhor deixa para todos os missionários do Brasil e aqueles que sentem chamados a ir e evangelizar na Amazônia.


Dom Alberto – Valorize esse chamado, porque quem incomoda seu coração é o próprio Deus. Você faz parte dessa grande torrente que nasce do coração de Cristo e faz que a boa nova do Evangelho se espalhe e chegue ao recanto da terra, quem conduz o chamado e a resposta da missão é o próprio Espírito Santo de Deus que se abre ao Espírito Santo.


Por Fábio Machado e Greisom Dias – Jornalismo Projeto Amazônia

Revisão: Fábio Magalhães, MCS/SP
Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2008

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